Por Equipe Ledax 29 de Junho de 2020 às 20:10
Em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China, foi descoberto um vírus que estava por se tornar uma grande preocupação para mundo.
Por conta da sua rápida disseminação e alto poder de contaminação, o vírus, conhecido como Covid-19, não tem afetado apenas o sistema respiratório da população, como também a economia de todos os países .
A pandemia atingiu em grande escala as indústrias globais de produção de materiais para geração de energia fotovoltaica, levando, em especial a China (maior exportadora do mundo desses geradores) a ter uma queda de 17% nas exportações quando comparado à mesma época de 2019.
Outro ponto que tem preocupado as empresas geradoras de energia é o câmbio. Atrelado a outros fatores, o impacto econômico causado pelo coronavírus tem afetado a valorização do dólar e do euro em relação à moeda brasileira e, como a maior parte dos produtos de geração de energia são importados, a dúvida se essa situação é passageira ou duradoura se instala.
Pelo fato da maioria dos países ainda não terem alcançado o pico de contaminação, ainda é difícil prever como será a variação do PIB brasileiro e mundial. Outro motivo que dificulta a previsão é não saber a quantidade de pessoas que será afetada pelo desemprego e o tamanho do prejuízo que empresas e comércios terão.
A previsão para o crescimento do PIB mundial, antes do surgimento do Covid-19, era de 2,5% e, com esse acontecimento histórico, Angel Gurría, secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em entrevista à BBC, alegou que este choque econômico é maior que o da crise financeira em 2008.
Por conta das mudanças de hábito e medidas de isolamento social, os impactos na economia são claros e assustadores. Vemos como consequência direta os impactos no mercado de energia elétrica, que já vem sofrendo em alguns pontos.
Confira alguns pontos que sofrerão alterações:
Entretanto, esse ponto ainda não é de se desesperar tanto, pois existe folga na capacidade instalada de energia no Brasil, o que significa que não sofreremos falta de energia, mas sim possível atraso das obras.
Com a redução do consumo, as empresas que possuem contrato para atender um consumo pré-estabelecido enfrentarão problemas ao verem que o esperado foi maior que o utilizado, sendo obrigadas a fazer acordos com os fornecedoras de energia.
No caso do contrato já possuir 12 meses, o consumidor tem a possibilidade de solicitar a redução da demanda que foi contratada e, quando tudo se normalizar, subir novamente o pedido.
Baseado no fim de 2019, quando o dólar fechou em R$ 4,02, o aumento de 25% do dólar, passando de R$ 5 atualmente, assustou muitas empresas, fazendo-as buscarem novos fornecedores para investir no setor.
Mesmo com todo impacto que a economia sofrerá, o setor de produção de energia fotovoltaica ainda tem chances de crescimento positivo. Um dos principais pontos preocupantes diz respeito sobre a variação do dólar, já que grande parte dos materiais para uso da geração de luz solar é importada.
Entretanto, isso não é visto como um grande empecilho no crescimento deste mercado – o que podemos esperar é que grandes investimentos serão adiados ou repensados. Com a China voltando lentamente às suas atividades e práticas, podemos concluir que esse item não se tornará um problema a longo prazo.
O uso da energia solar tem influência direta na economia dos custos fixos que uma empresa têm, possibilitando um saldo positivo no fluxo de caixa a longo prazo, auxiliando muito nos momentos de crise.
Com a possibilidade de financiamento onde o investimento não aumenta os custos da companhia, já que o valor da conta de energia é substituído pela parcela do financiamento entre os primeiros 4 a 6 anos, e nos próximos 20 anos o cliente será beneficiado com a economia de quase 95% na conta de luz.
Enquanto isso, as empresas de produção de energia solar devem rever suas estratégias de atuação no mercado (relacionamento com o cliente) e seu volume de estoque e ritmo de obras, lembrando sempre que a energia limpa está se tornando a melhor opção, deixando para trás o petróleo, por exemplo.